... é como tendem a ficar os meus projectos de carreira.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
a surpresa
a minha mãe apareceu ontem em casa com o "Ensaio sobre a Cegueira" debaixo do braço. a polémica sobre o filme suscitou-lhe, pelos vistos, a curiosidade de ler o livro.
note-se que a minha mãe já foi uma jovem dada a leituras, mas seguindo o percurso de vida "normal" das outras moças da sua idade e condição (emprego, casamento, filhos), deixou os livros de lado durante uns bons vinte anos. haverá ali alguma preguiça, também. "quase todos me dão sono", diz; e a preferência continua a ir para a novela da noite.
de há meia dúzia de anos para cá fui-lhe oferecendo uma ou outra leitura de cabeceira: romances fáceis de ler, para a ver voltar a ganhar-lhes gosto.
ontem, já embrenhada nos longos parágrafos de Saramago, comentou "é engraçado, ele não põe pontuação nos diálogos mas percebe-se bem, parece que ficamos com a pergunta e com a resposta ao mesmo tempo. ele escreve muito bem!"
e eu disse-lhe: "depois empresta-mo."
e fui dormir, com um sorrisinho de filha orgulhosa.
note-se que a minha mãe já foi uma jovem dada a leituras, mas seguindo o percurso de vida "normal" das outras moças da sua idade e condição (emprego, casamento, filhos), deixou os livros de lado durante uns bons vinte anos. haverá ali alguma preguiça, também. "quase todos me dão sono", diz; e a preferência continua a ir para a novela da noite.
de há meia dúzia de anos para cá fui-lhe oferecendo uma ou outra leitura de cabeceira: romances fáceis de ler, para a ver voltar a ganhar-lhes gosto.
ontem, já embrenhada nos longos parágrafos de Saramago, comentou "é engraçado, ele não põe pontuação nos diálogos mas percebe-se bem, parece que ficamos com a pergunta e com a resposta ao mesmo tempo. ele escreve muito bem!"
e eu disse-lhe: "depois empresta-mo."
e fui dormir, com um sorrisinho de filha orgulhosa.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
by the bedside...
há muitos (mesmo muitos) anos que abandonei o hábito de rezar antes de dormir.
a falta de Fé começou por incompatibilidades com a aprendizagem científica (ninguém me explicou, na altura, que não é suposto serem compatíveis. nem sei se teria servido de alguma coisa. adiante.) e, uma vez perdida, não mais voltou a assombrar-me o horizonte. apenas se consolidou como vazio realista e fardo face ao destino.
não acho que tenha feito grande negócio neste aspecto, porque se por um lado perdi a utilidade da Fé enquanto instrumento de esperança e de conforto, noto que mantive - infelizmente - bem vincada a cultura de culpa e de auto-punição típica do Catolicismo. não terá sido a opção mais inteligente - mas também não sinto que tenha sido uma opção.
embora não podendo recorrer à Fé no sentido religioso, não abdico do meu direito de ter um momento reconfortante antes de dormir! por exemplo, cantando e tocando uma música recentemente (re)descoberta na viola, e fazendo vista grossa às duas penúltimas frases:
I sing myself to sleep
A song from the darkest hour
Secrets I can't keep
Inside of the day
I swing from high to deep
Extremes of sweet and sour
Hope that God exists
I hope, I pray
(...)
I believe this wave will bear my weight
So let it flow...
não é bem a mesma coisa, mas que interessa? o importante é ter alternativas, e esta pode até revelar-se bem melhor. é que (e nisto acredito sem hesitações) a música salva-nos sempre.
a falta de Fé começou por incompatibilidades com a aprendizagem científica (ninguém me explicou, na altura, que não é suposto serem compatíveis. nem sei se teria servido de alguma coisa. adiante.) e, uma vez perdida, não mais voltou a assombrar-me o horizonte. apenas se consolidou como vazio realista e fardo face ao destino.
não acho que tenha feito grande negócio neste aspecto, porque se por um lado perdi a utilidade da Fé enquanto instrumento de esperança e de conforto, noto que mantive - infelizmente - bem vincada a cultura de culpa e de auto-punição típica do Catolicismo. não terá sido a opção mais inteligente - mas também não sinto que tenha sido uma opção.
embora não podendo recorrer à Fé no sentido religioso, não abdico do meu direito de ter um momento reconfortante antes de dormir! por exemplo, cantando e tocando uma música recentemente (re)descoberta na viola, e fazendo vista grossa às duas penúltimas frases:
I sing myself to sleep
A song from the darkest hour
Secrets I can't keep
Inside of the day
I swing from high to deep
Extremes of sweet and sour
Hope that God exists
I hope, I pray
(...)
I believe this wave will bear my weight
So let it flow...
não é bem a mesma coisa, mas que interessa? o importante é ter alternativas, e esta pode até revelar-se bem melhor. é que (e nisto acredito sem hesitações) a música salva-nos sempre.
raios partam a metereologia
uns raios de sol mais fortes a caminho do emprego, esta manhã, fizeram-me maldizer a infortempo do Sapo e a CNN, que prediziam temperaturas entre os 7ºC e os 15ºC, aguaceiros e índice UV 3 (baixo). que é coisa para eu vir logo cheia de camisolinhas e collants por baixo das calças.
felizmente foi falso alarme. já sentadinha no meu posto de trabalho, consigo ver pela janela que vai ser um belo dia de smog.
felizmente foi falso alarme. já sentadinha no meu posto de trabalho, consigo ver pela janela que vai ser um belo dia de smog.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
useful info
What is the difference between a Dictionary and a Thesaurus ?
When you know the word and want the meaning, you look up a dictionary. When you know the meaning and want the word, you look up a thesaurus.
When you know the word and want the meaning, you look up a dictionary. When you know the meaning and want the word, you look up a thesaurus.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
jogo de cores
hoje, ao acordar, ao demorar-me na cama de manhã, parei a olhar os quadros que tenho na parede. é uma das vantagens de se ser míope: o ser-se capaz de ver o mundo sem contornos, apenas um borrão de cores libertas à imaginação. por vezes traz descanso à alma.
olhei o meu quadro de fotografias e vislumbrei uma casinha rústica, no campo, com porta e janela abertas; e eu espreitando à janela, sorrindo.
olhei o meu quadro de cortiça apinhado de cartazes e vislumbrei árvores de múltiplas cores, numa profusão de castanhos, vermelhos e verdes.
ainda num semi-sono...
olhei o meu quadro de fotografias e vislumbrei uma casinha rústica, no campo, com porta e janela abertas; e eu espreitando à janela, sorrindo.
olhei o meu quadro de cortiça apinhado de cartazes e vislumbrei árvores de múltiplas cores, numa profusão de castanhos, vermelhos e verdes.
ainda num semi-sono...
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