dizia-me (e diz, ainda) a minha mãe que penso demasiado nas coisas. é paradoxal, pois se por um lado sempre aceitei facilmente as regras, por outro sempre questionei o sentido de as seguir. num jeito de obediência cativa.
colocar questões torna a vida muito complicada, especialmente se estas fluem no sentido da incompreensão relativamente ao que vemos à volta.
seguir a estrada comum é confortável, mas pouco recomendado àqueles que nasceram com o gene da insatisfação. causa náuseas, angústia e, não raras vezes, depressão.
seguir o caminho menos percorrido exige coragem... uma coragem que é virtude de poucos. a quem não a tem, resta-lhe debater-se numa revolta interior jamais passada à prática.
a alguns foi-lhes dado serem despreocupados e felizes.
a mim (e a tantos outros que vou conhecendo) foi-me dado questionar... e, muitas vezes, não compreender.
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